Carpe Noctem

Sirva-se do rubro licor que em nossas veias corre...
Se bem vindo ao profundo de minha alma!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Lembrança Alada

Você, meu pequeno brinquedo de porcelana,
Como ousa me negar assim?
Já não lembra-se das noites som lua,
As noites que não tinham fim?

Fui eu quem te fez assim!
Foras as minhas caricias que te tornaram vivo,
Seus lábios nos meus, minha pele na sua.
O sangue sempre correu lascivo!

Não me negue, pequena flor.
Foram minhas mãos que te moldaram,
Meus olhos que te banharam
E minhas palavras que te conduziram!

Deixe minha língua desbravar a sua!
Você se lembra como é, não?
Deixe meus dedos arrepiarem a sua pele clara,
Farei você implorar pelo meu perdão.

E nesta noite de lembranças,
Faria, tu, muito bem ao recordar
Que eu fui o único possuidor
Deste teu perfume que chama de volta o mar...

Connor Sanctuary

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sutil Lembrança Carrasca

É difícil dizer adeus
Mesmo depois de tanta dor.
Seu perfume continua aqui
Assim como eu, imutável.

As palavras me faltam, como se fugissem,
Como borboletas ao vento
Eu espero pelo toque do telefone
Mas ele não vem, está distante.

É difícil falar de coisas belas
Quando se perdeu em seu próprio ser.
É difícil cantar vitórias
Quando se perdeu a guerra.

Eu tenho de aprender a conviver com a dor
Tenho de aprender a ama - lá,
Pois ela é tudo o que eu tenho
Tudo o que me restou de um sonho lindo.



Você sabe do que eu estou falando?



A chuva cai sem parar
Eu estou sentada ao lado do telefone
Esperando você ligar
Mas ele não toca, simplesmente não toca.

Já faz algum tempo
Mas para mim é como se fosse ontem
Quando eu vi seus olhos pela última vez
Naquela chuva de novembro.

A dor é a mesma de antes
É difícil respirar sem você aqui,
Você sabe o que eu quero dizer
Estou quebrada de novo.

Você lembra das borboletas de setembro?
Das flores de cerejeira caindo do céu?
Você sabe o que eu quero dizer
O tempo parou na minha dor.

As portas se fecharam
Voando alto novamente
Quebrada novamente
Sonhando novamente...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A garota que não podia chorar


Era uma vez uma garota muito bela e amável, tudo na vida dela era um perfeito teatro, uma ópera. Tudo era cronômetrado e bem ensaiado. Ela ia à escola, tirava notas altas, tinha um bom emprego, aprendia coisas sobre o mundo e a vida todos os dias... A noite ia para casa, jantar com os pais como em uma família perfeita...
Só havia um porém, a garota poderia estar cercada de amigos (como sempre estava), ter mil e um mimos a sua disposição, mas ela sempre estava sozinha. Não externamente, mas sozinha.
Então, ela cansou de ser sozinha e resolveu criar um mundo de faz de conta, onde ela teria tudo o que quisesse, onde seria tudo o que quisesse na hora que quisesse. Ela conseguiu, criou cada detalhe com a máxima precisão, tudo desde as folhas das árvores até as pessoas com quem convivia. Porém, como tudo na vida, o mundinho dela tomava um pouco da sua realidade e acabou se tornando somente mais um mundo vazio e sem sentido. Então ela resolveu mudar de personagem, ser outra pessoa. E assim ela fez. Mudou quantas vezes foi preciso, quantas vezes ela quis. Sempre que algo se tornava solitário de mais ela o abandonava e criava um novo. Assim ela criou seu universo pessoal e se trancou dentro dele.
Muitos anos se passaram e a garota, já vivendo em seu mundo muito tempo, resolveu dividi-lo com as outras pessoas. Ela começou a escrever sobre aquilo que havia criado. As pessoas que liam, de repente tornavam-se parte do mundo imaginário dela, e passavam a viver nele também. Agora o mundo que antes era um refúgio havia ficado lotado de pessoas, que mesmo ali ainda deixavam que a garota se sentisse solitária. O mundo seguro havia se tornado uma arma que a matava cada vez mais.
Ela tentou recomeçar e não conseguiu as pessoas que agora viviam lá não a deixaram mudar tudo.
Assim ela perdeu novamente. Agora era solitária no próprio mundo. “Há coisa mais triste do que isso?” se perguntou a garota.
Ela descobriu que sim quando as pessoas que haviam tomado seu mundo começaram a sugar a vida dela como parasitas para alimentar seus sonhos no mundo novo, quando todos começaram a castigá-la e usá-la para viver suas vidas e deixar a dela de lado. Mas ela se importava de mais com esse mundo para abandonar aquelas pessoas, e as alimentou até que suas forças se esgotassem.
Quando a energia acabou, quando a vida deixou seus olhos a garota em um último suspiro olhou para o céu e perguntou: “Por que?”
A única resposta que ela obteve foi um trovão seguido de uma melodia triste da qual somente a garota pode entender a letra:

“Você escolheu isso,
Você deu seu mundo a eles,
Agora é seu fardo morrer por eles...
Você não tem direito de chorar,
Você queria isso...
Queria que as pessoas te conhecessem
Agora entende: Certas pessoas não foram feitas para lutar,
Foram feitas para carregar a dor,
A tristeza e a mágoa do mundo.
Você se sentia só eu eu lhe dei o mundo.
Eu Lhe dei o mundo
Só a você.
Você queria satisfazer a todos,
Então agora entenda:
Somente o sangue satisfaz,
Somente a dor cura,
Somente a morte aquieta."

domingo, 24 de janeiro de 2010

Ideias...

Neste momento estou escrevendo um livro.
Espero que o blog me ajude na divulgação deste trabalho.


É complicado escrever um livro do nada, eu demorei muito para acertar, reescrevi paginas e mais paginas varias vezes seguidas.
Primeiramente é preciso ter uma ideia. Esta parte eu já havia vencido a muitos anos quando criei meu mundo interior. Complexo e inteligente, ele é um reunião de tudo o que vi, ouvi e vivi. É a essência do meu ser. A pesar de poucos saberem da existência desse meu mundo ele sempre existiu e um livro será uma porta para que outras pessoas o conheçam.

Depois é preciso reunir coragem para escrever. Escrever é difícil, é preciso ser imaginativo e ler muito. Ainda encontro muita dificuldade em escrever, o texto nunca estará a altura do meu pensamento. Eu tentei começar a escrever varias vezes e em quase todas fracassei. Desisti varias vezes e sempre tive medo sobre como contar do modo correto o que imagino.

Meu livro está em fase final, faltam poucos capítulos, mas ainda irá demorar a ser editado. Uma coisa que acontece à todos os autores assola meu trabalho, um branco tão grande que é quase irreal. Essa parte dolivro é muito difícil, pois um livro é como uma criança e o meu está crescendo ainda é jovem e disposto a erros.
Eu espero não ser comparada a grandes autores do mundo, espero que quem for ler meu livro tenha em mente que ele é jovem e produto de um sonho. Como tudo na vida vai chegar a hora em que ele será forte e interessante.

Quero poder contar com meus leitores e amigos para construir a vida desse sonho porque foram vocês que me incentivaram a cria-lo.
Espero que gostem, pois eu tenho muita coisa em mente, grandes coisas planejadas para ele.

O titulo é "A arca do Kraken" e ainda está disposto a mudanças.